CONE CIRCULAR
Podemos descrever os formatos de um tornado e da concha
abaixo como alongados e afunilados. Uma descrição equivalente é que eles têm,
aproximadamente, a FORMA CÔNICA.
Essa forma, tão frequente na natureza, também está presente
nas construções feitas pelo homem, desde uma simples casquinha de sorvete até
grandes estruturas, por exemplo, em partes de silos de armazenamento de grãos.
Esses objetos lembram o CONE
CIRCULAR, que é caracterizado por ter uma base circular e por todos os seus
pontos formarem segmentos de reta com um extremo nessa base e o outro extremo
em um mesmo ponto V , fora da base, conforme definimos a seguir.
Sejam um círculo C de centro O, contido em um plano α,
e um ponto V não pertence a α. Consideremos todos os segmentos de
reta que possuem um extremo pertencente ao círculo C e o outro no ponto V. A
reunião de todos esses segmentos de reta é um sólido chamado cone circular
limitado ou simplesmente CONE CIRCULAR.
ELEMENTOS DE UM CONE
Observando o cone apresentado na definição, nomeamos alguns
elementos:
·
O círculo C e o ponto V são chamados,
respectivamente, de BASE e VÉRTICE do cone;
·
A reta OV é chamada de EIXO do cone;
·
O raio do círculo C é chamado de RAIO DE BASE do cone;
·
A distância entre o vértice e o plano da base é
chamada de ALTURA do cone;
·
Todo segmento de reta cujos extremos são o ponto
V e um ponto da circunferência da base é chamado de GERATRIZ do cone.
SECÇÃO MERIDIANA DE
UM CONE
A intersecção de um cone com um plano que passa pelo vértice
e pelo centro de sua base é chamada de SECÇÃO
MERIDIANA do cone.
CONE CIRCULAR RETO E
CONE CIRCULAR OBLÍQUO
Cone circular RETO
é todo cone circular cujo eixo é perpendicular ao plano da base. Um cone
circular que não é reto é chamado de cone circular OBLÍQUO.
Nota:
O cone circular reto também é conhecido como CONE DE REVOLUÇÃO, pois pode obtido por
uma revolução (rotação) de 360° de um retângulo em torno de um dos catetos.
O TEOREMA DE
PITÁGORAS E O CONE CIRCULAR RETO
Consideremos um cone circular reto tal que o raio da base, a
geratriz e a altura meçam r,g e h, respectivamente, conforme mostra a figura
abaixo.
ÁREA LATERAL E ÁREA
TOTAL DE UM CONE CIRCULAR RETO
Para entender melhor este tópico, vamos planificar um cone
circular reto. Para isso, recorte o cone montado no exercício proposto 15,
obtendo um círculo e um setor circular, conforme mostra a figura abaixo.
Note que a superfície de um cone circular reto com raio da
base r e geratriz de medida g é equivalente à reunião de um círculo de raio
r com um setor circular de raio g e arco de comprimento 2πr.
ÁREA LATERAL
A ÁREA LATERAL Aᶫ
de um cone qualquer é a área da superfície formada pela reunião de todas as
geratrizes do cone. Observando a
planificação feita na página anterior, concluímos que a área lateral Aᶫ de um cone circular reto de geratriz g e raio
da base r é igual à área de um setor circular de raio g e arco de medida 2πr.
Como a área do setor é proporcional ao seu comprimento, podemos calcular Aᶫ
pela regra de três:
ÁREA TOTAL
A ÁREA TOTAL At
de um cone qualquer é a soma da área lateral com a área da base. No caso do
cone circular reto, planificado na página anterior, temos:
Nota:
A medida 0, em grau, do ângulo central do setor circular
equivalente à
superfície lateral do cone é obtida pela regra de três:
VOLUME DE UM CONE
CIRCULAR
Consideremos um cone circular de altura h, com raio da base
r, e uma pirâmide com a mesma altura h,
cuja base é um quadrado de lado r√π. Suponhamos que esses sólidos
estejam em um mesmo semiespaço com origem em um plano α e que suas bases estejam
contidas em α,
conforme mostra a figura:
A área B da base do cone, b= πr², é igual à
área B’ da base da pirâmide, B’ = (r√π)² =πr². Todo plano β,
paralelo a α,
que determina uma secção de área b no cone, determina também uma secção de área
b’ na pirâmide, tal que:
Em que d é a distância de β ao vértice do cone (ou ao
vértice da pirâmide).
Resumindo:
·
O cone e a pirâmide têm bases equivalentes;
·
Todo plano β, paralelo a α,
que secciona um dos sólidos também secciona o outro, determinado neles secções
equivalentes.
Assim, pelo príncipe de Cavalieri, os sólidos têm volumes
iguais. O volume V da pirâmide, que é igual ao volume do cone, é dado por:
TRONCO DE CONE
CIRCULAR DE BASES PARALELAS
Consideremos um plano α paralelo à
base de um cone circular C separando-o em dois sólidos. Um desses sólidos é um
cone C’ e o outro é um TRONCO DE CONE
CIRCULAR DE BASES PARALELAS.
Note que o volume V tronco
do tronco é igual à diferença entre os volume Vc e Vc’ dos cones C e C’, respectivamente, isto é:
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